Principal portal de entrada para o Vale do Rio Araguaia, Aruanã foi fundada por
volta de 1850 com o nome de Presídio Santa Leopoldina, em homenagem à esposa do
imperador Dom Pedro I. Naquela época, presídio era o nome dado aos entrepostos
de abastecimento que situavam as margens do rio. Foi o sertanista Couto
Magalhães que liderou a invasão às terras que até então eram ocupadas por índios
da aldeia Karajá. Após a revitalização de ser porto, Aruanã conquistou uma
estrutura invejável para a pesca e para a prática de esportes náuticos, contando
com vários atracadouros, deques e área própria para o estacionamento das
embarcações. A 310 km da capital, o município atrai pessoas de Goiás e de todo o
país, movidas pelos encantos do Araguaia e pelo clima agradável da
cidade.
Fauna e Flora do Rio Araguaia:
Nas
planícies que acomodam o leito do rio Araguaia existem milhares de lagos e
lagoas que são fundamentais para o processo de reprodução dos peixes. Em suas
calmas águas, de cores azuis e esverdeadas, larvas e alevinos conseguem
condições favoráveis ao desenvolvimento, perpetuando as espécies e auxiliando na
manutenção da cadeia biológica do rio. A extensa planície das áreas inundadas
pelo rio acolhe diversos animais como o cachorro-do-mato, o cervo, o tatu e a
suçuarana.
Na avifauna, destacam-se o irerê, o mutum, o colheiro e a
garça-real. A caça no Vale Rio Araguaia é rigorosamente proibida e deixou de ser
a principal causa da extinção de animais.
Contudo, as queimadas, o
desmatamento e os constantes atropelamentos nas rodovias da região, continuam
matando milhares de animais silvestres todos os anos.
Índios
Karajá:
Estão localizados principalmente nas aldeias de Santa
Isabel do Morro, Fontoura, São Raimundo e Macacuba, no oeste da Ilha do Bananal
e no município de Aruanã, totalizando 1500 índios. Aldeamentos menores ficam nas
proximidades do rio Tapirapé e do rio Javaés.
Nos municípios de
Cristalândia, Araguaçu e Formoso do Araguaia, vivem seis comunidades, com
aproximadamente 840 índios. Em Aruanã, cerca de 80 pessoas da aldeia Karajá
vivem bem próximas ao principal porto da cidade, mantendo vários hábitos e
costumes indígenas. Com entrada pela Praça Almirante Barroso, a aldeia conta com
um espaço destinado à exposição e venda do artesanato produzido pela
comunidade.